Juros Abusivos: O Que São, Como Identificar e O Que Fazer se Você Está Pagando a Mais?

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Juros Abusivos: O Que São, Como Identificar e O Que Fazer se Você Está Pagando a Mais?

Juros Abusivos: O Que São, Como Identificar e O Que Fazer se Você Está Pagando a Mais?

Juros Abusivos: O Que São, Como Identificar e O Que Fazer se Você Está Pagando a Mais?

Os juros abusivos são cobranças acima do permitido por lei ou sem a devida transparência nos contratos, especialmente em financiamentos, empréstimos e cartões de crédito. Infelizmente, essa prática ainda é comum e afeta o bolso de muitos consumidores.

 Você vai entender o que caracteriza os juros abusivos, como identificá-los nos seus contratos e quais medidas tomar para exigir a revisão e, se for o caso, a restituição dos valores pagos indevidamente. Conhecer seus direitos é o primeiro passo para se proteger e economizar.


1. O que são considerados juros abusivos?

Juros abusivos são aqueles cobrados em desacordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, ultrapassando os limites aceitos pelo mercado e pela legislação. Em geral, ocorre quando a taxa de juros imposta por uma instituição financeira é significativamente superior à praticada por outras empresas do mesmo setor, especialmente sem justificativa plausível.

A característica dos juros abusivos também pode estar relacionada a contratos com cláusulas ocultas ou de difícil compreensão, que acabam onerando excessivamente o consumidor. A prática de juros abusivos fere o princípio da boa-fé objetiva e a equidade nas relações contratuais.


2. Qual a taxa máxima de juros permitida por lei?

Não existe um teto fixo e absoluto para juros no Brasil, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que taxas superiores a 12% ao ano, em alguns casos, podem ser consideradas abusivas, salvo se devidamente justificadas pelo risco da operação. O Banco Central não impõe limite, mas divulga periodicamente as taxas médias praticadas no mercado.

Para identificar se há juros abusivos, é importante comparar a taxa cobrada com a taxa média divulgada pelo Banco Central para o mesmo tipo de operação. Taxas muito acima dessa média podem ser indício de cobrança indevida.


3. Como identificar se estou pagando juros abusivos?

A primeira etapa é analisar o contrato assinado com a instituição financeira e verificar qual é o Custo Efetivo Total (CET), que inclui todos os encargos embutidos. Se o CET estiver muito acima da taxa média do mercado para o mesmo tipo de crédito, há uma forte indicação de juros abusivos.

Outra dica é observar se os valores pagos mensalmente estão excessivamente altos em relação ao valor financiado. Um advogado pode realizar um cálculo técnico para comprovar a existência de juros abusivos e auxiliar na revisão contratual.


4. Juros abusivos são ilegais? O que diz a lei?

Sim, juros abusivos são ilegais quando violam os princípios do Código de Defesa do Consumidor, especialmente os artigos 6º (direito à informação clara e adequada) e 51 (cláusulas abusivas são nulas de pleno direito). Também se apoia no artigo 591 do Código Civil, que prevê a aplicação da taxa legal quando não pactuada outra razoável.

Tribunais brasileiros têm reiteradamente reconhecido a ilegalidade de juros abusivos e autorizado a revisão judicial de contratos bancários. Isso reforça o direito do consumidor de pagar apenas aquilo que for justo e proporcional.


5. Quais tipos de contratos costumam ter juros abusivos?

Os casos mais comuns de juros abusivos estão em contratos de financiamento de veículos, empréstimos consignados, cartões de crédito (especialmente no rotativo), cheque especial e financiamentos imobiliários.

Geralmente, são contratos de adesão, nos quais o consumidor não tem margem de negociação real, tornando mais fácil a imposição de cláusulas com juros abusivos.


6. Como posso contestar ou revisar um contrato com juros abusivos?

A revisão contratual pode ser feita extrajudicialmente, com uma tentativa de acordo direto com o credor, ou judicialmente, por meio de uma ação revisional de contrato. Em ambas as situações, é recomendável estar acompanhado de um advogado especializado.

Na esfera judicial, é possível solicitar a redução dos juros abusivos ao patamar médio de mercado e a devolução (em dobro, se comprovada a má-fé) dos valores pagos indevidamente. A atuação jurídica aumenta as chances de sucesso da demanda.


7. É possível recuperar valores pagos a mais por juros abusivos?

Sim. O consumidor que paga juros abusivos pode ter direito à restituição dos valores excedentes. A ação judicial adequada é a de repetição do indébito, que visa devolver os valores pagos indevidamente, com correção monetária e juros legais.

A jurisprudência entende que, se comprovada a cobrança de juros abusivos com dolo ou má-fé, a restituição deve ser feita em dobro, conforme prevê o artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor.


8. Existe risco em continuar pagando juros abusivos sem agir?

Sim, continuar pagando juros abusivos sem buscar a revisão pode causar endividamento crônico, inadimplência, negativação em cadastros de crédito e até perda de bens em caso de garantias reais.

Além disso, quanto mais tempo se paga sem contestação, menor pode ser a chance de sucesso na revisão judicial, especialmente pela prescrição dos valores passados. Agir rapidamente é essencial.


9. Por que contratar um advogado especialista em revisão de juros pode ser decisivo?

Um advogado especialista conhece profundamente as normas do mercado financeiro, as jurisprudências atualizadas e os mecanismos legais para combater os juros abusivos. Ele é capaz de identificar as falhas nos contratos e apresentar as melhores estratégias de revisão.

Com apoio jurídico, é possível reduzir os encargos, suspender cobranças indevidas e até negociar acordos mais vantajosos com as instituições financeiras. O advogado é um aliado essencial para não cair em armadilhas contratuais.


10. Quando procurar ajuda jurídica e como reunir as provas necessárias?

A ajuda jurídica deve ser buscada logo que o consumidor desconfie da cobrança de juros abusivos. Quanto mais cedo o advogado atuar, maiores são as chances de evitar prejuízos.

Para iniciar a revisão, é importante reunir documentos como o contrato assinado, comprovantes de pagamento, extratos bancários, boletos e simulações feitas com o banco. Essas provas são essenciais para embasar a tese jurídica e demonstrar a abusividade dos juros.

Se você suspeita que está sendo vítima de juros abusivos, não espere o prejuízo aumentar. Entre em contato com um dos nossos advogados especialistas em juros abusivos e receba orientação jurídica qualificada para proteger seu patrimônio.


Conteúdo desenvolvido pela equipe Luiz Gabriel de Andrade Advogados

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